Alberto Pimenta, nos primeiros meses de 1980 - suponho que tenha sido em Fevereiro - foi convidado do programa Café Concerto, da Rádio Comercial, para contar a sua experiencia de 1977, no Jardim Zoológico, quando esteve numa jaula, em exposição, durante algumas horas.
No referido Jardim conversou em 1980, com Aníbal Cabrita e Jorge Falorca, sobre esse acontecimento e outros. A conversa foi apresentada entre as 23h e as 24h numa das primeiras emissões do Café Concerto, programa que tinha começado a ser emitido em 4 de Fevereiro de 1980.
Aqui fica a última hora desse programa, numa gravação, já com 30 anos, que descobri numa velha cassete.
O som não será o melhor mas...
Da wikipédia:
"Alberto Pimenta (Porto, 26 de Dezembro de 1937) é um escritor, poeta e ensaísta português.
Destaca-se entre os autores europeus contemporâneos pelo carácter crítico e irreverente da sua obra, bem como pela diversidade dos géneros abordados: poesia, ficção, teatro, linguística, crítica, e até mesmo happenings e performances.
Pimenta foi Leitor de Português em Heidelberg, contratado pelo governo português a partir de 1960. Devido à sua oposição ao regime fascista português e à política colonialista em África, foi demitido em 1963. Porém, não voltou ao seu país nesse momento, pois foi contratado pela Universidade de Heidelberg. Aí permaneceu até voltar a Portugal em 1977, poucos anos depois da Revolução dos Cravos.
Em 1977, publicou o livro de poesia Ascensão de dez gostos à boca, que sintetiza a combinação, típica desse autor, da experimentação formal com o inconformismo social e político. Nesse mesmo ano, realizou um histórico happening no Jardim Zoológico de Lisboa: trancou-se numa jaula (que ficava ao lado de uma outra onde estavam dois macacos) com uma tabuleta indicando "Homo sapiens". O acontecimento foi registrado no livro homónimo. Também em 1977, lançou o seu livro mais traduzido, "Discurso sobre o filho-da-puta", obra inclassificável que se avizinha do ensaio.
Entre as suas obras teóricas, destacam-se O silêncio dos poetas (1978), lançado originalmente na Itália, e A magia que tira os pecados do mundo (1995). O primeiro livro corresponde a um estudo sobre a poesia concreta (ou concretismo) e visual, principalmente a brasileira e a de língua alemã. O segundo, a uma obra de base teórica anti-platónica dividida em vinte e duas partes, cada uma delas correspondendo a um dos arcanos maiores do tarot. Mitos, arquétipos, literatura, (Dante, Camões, Shakespeare, Fernando Pessoa, António Boto, Emilio Villa, Murilo Mendes, Haroldo de Campos) e artistas plásticos (Oskar Kokoschka, Yves Klein, Pablo Picasso) estão entre os objetos desse livro invulgar.
A partir da década de noventa, a sua obra passou a referir-se mais directamente aos fenómenos ligados à globalização. Ainda há muito para fazer (1998), por exemplo, é um poema longo que parodia os discursos publicitários e da internet, e trata dos efeitos sociais da Guerra de Kosovo e da União Europeia.
Em 2005, lançou Marthiya de Abdel Hamid segundo Alberto Pimenta, livro de poemas a respeito da invasão do Iraque pelos Estados Unidos da América.
O caráter insurrecto e experimental da sua obra ainda tornam Alberto Pimenta um autor controverso no meio académico português. Actualmente é professor convidado na Universidade Nova de Lisboa.
Nos últimos anos os seus livros têm sido publicados quase todos pela &etc, de Vitor Silva Tavares, com quem tem uma grande amizade."
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